O conflito interno na família Garotinho ganhou novos capítulos nas últimas horas, com trocas de farpas e acusações nas redes sociais envolvendo Clarissa e Wladimir Garotinho. A crise, que já se arrasta há meses, se intensificou após a publicação de uma reportagem da revista Veja, que expôs os bastidores da briga familiar.
Segundo a pública a da jornalista Anitta Prado, “a disputa que coloca em lados opostos o pai, de 65 anos, a filha, de 43, e o filho, de 40, envolve acusações de traição, oportunismo e vaidade.” A matéria revela que o racha entre Anthony Garotinho, Clarissa e Wladimir extrapolou o campo político e alcançou o plano pessoal.
Horas após a publicação, os irmãos recorreram às redes sociais para alfinetadas indiretas. O prefeito de Campos, Wladimir Garotinho, falou sobre rompimento de laços familiares, criticou o abandono do sobrenome pela irmã nas últimas eleições e insinuou ter sido traído por alguém de dentro da própria família.
Clarissa respondeu, também sem citar nomes diretamente. A ex-deputada afirmou que há feridas profundas não apenas ligadas à política, mas também a relações pessoais marcadas por deslealdade e traição. Sobre a crítica ao abandono do nome “Garotinho”, ela rebateu: “as relações de verdade não precisam de encenação”.
A crise, no entanto, não ficou restrita aos irmãos. O marido de Clarissa, Marcos Alvite, também entrou na discussão pública. Em uma postagem nas redes sociais, atacou diretamente o cunhado, prefeito de Campos. Marcos chamou Wladimir de “um homem pequeno em um cargo grande” e afirmou que ele “construiu uma imagem que encanta apenas quem não o conhece”.
O embate expõe a fragmentação de um dos grupos que já teve forte influência no estado do Rio de Janeiro e evidencia como disputas internas podem ameaçar os planos eleitorais de uma família que, por décadas, dominou a política fluminense. O próprio patriarca, o ex-governador Anthony Garotinho, também tem feito críticas públicas ao filho. Em carta divulgada nas redes sociais em junho, afirmou: “Amo meu filho Wlad, mas não concordo com as posições e atitudes do político Wladimir. (…) A virtude está em unir o novo ao legado construído. Não concordo que a celebração da juventude tenha que negar uma vida de experiência acumulada.”