A cúpula da segurança do Rio de Janeiro viaja na próxima segunda-feira para El Salvador em uma missão oficial de cinco dias. A comitiva, formada pelos secretários da Polícia Militar e da Polícia Civil, participa a convite de Flávio Bolsonaro. O objetivo é conhecer de perto o modelo de segurança adotado pelo presidente Nayib Bukele.
Durante a viagem, os representantes fluminenses terão um encontro com Bukele e visitarão programas que contribuíram para a queda da violência no país. A agenda inclui a mega-prisão do Centro de Confinamento do Terrorismo, considerada a principal vitrine do chamado modelo Bukele. O complexo tem capacidade para 40 mil detentos.
A missão também envolve Eduardo e Flávio Bolsonaro, que acompanham o intercâmbio institucional. O foco será a troca de informações sobre policiamento, sistema penitenciário e legislação penal. As autoridades do Rio avaliam como adaptar práticas salvadorenhas às realidades locais. A proposta é desenvolver projetos baseados na experiência do país centro-americano.
O modelo de El Salvador ganhou relevância no debate brasileiro sobre segurança pública. A estratégia inclui prisões em massa, controle rígido nos presídios e ações de emergência contra facções. O governo salvadorenho afirma que reduziu drasticamente os índices de homicídio desde 2022, com foco no enfrentamento às maras.
Apesar dos resultados apresentados, organismos internacionais apontam críticas ao método. Entidades de direitos humanos denunciam abusos, prisões arbitrárias e excessos estatais. A viagem ocorre no momento em que o tema volta ao centro das discussões no Brasil, com pressão por soluções rápidas e eficazes.






