Ouça agora

Ao vivo

Reproduzir
Pausar
Sorry, no results.
Please try another keyword
Rapper Oruam deixa presídio em Bangu após decisão do STJ
Rio de Janeiro
Rapper Oruam deixa presídio em Bangu após decisão do STJ
Lula sanciona lei que amplia licença-maternidade em casos de internação
Brasil
Lula sanciona lei que amplia licença-maternidade em casos de internação
Enel promove ações de consumo consciente em cidades do Rio de Janeiro
Economia
Enel promove ações de consumo consciente em cidades do Rio de Janeiro
Câmara do Rio recebe pedido para mudar nome da Zona Sudoeste
Rio de Janeiro
Câmara do Rio recebe pedido para mudar nome da Zona Sudoeste
Leo Lupi é eleito presidente municipal do PDT no Rio
Política
Leo Lupi é eleito presidente municipal do PDT no Rio
Biometria facial passa a ser usada nas barcas da Praça XV
Rio de Janeiro
Biometria facial passa a ser usada nas barcas da Praça XV
Morre aos 99 anos a atriz e comediante Berta Loran, ícone do humor brasileiro
Mais Quentes
Morre aos 99 anos a atriz e comediante Berta Loran, ícone do humor brasileiro

Deputados da Alerj pedem quebra de sigilo em licitação da Cedae avaliada em R$ 18,7 milhões

Audiência pública questiona ausência de transparência e anuncia ações junto ao TCE e ao Ministério Público

Siga-nos no

reprodução

A Comissão de Segurança Alimentar da Assembleia Legislativa (Alerj) decidiu, nesta quinta-feira (25/09), oficiar o governo estadual para exigir acesso a documentos relacionados à abertura de capital da Cedae que permanecem sob sigilo no portal da transparência.

O pedido foi o principal encaminhamento da audiência pública que discutiu os rumos da companhia, que completa 50 anos em 2025. Além da quebra de sigilo, o colegiado anunciou a criação de uma comissão para acompanhar o processo e de um manifesto em defesa da Cedae, que deve contar com apoio de deputados estaduais, federais e vereadores.

Também foram solicitadas reuniões com o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) e com o Ministério Público para tratar do tema.

Estudos de milhões

De acordo com a presidente da Comissão, deputada Marina do MST (PT), o governo contratou o consórcio Hidro Rio por R$ 18,7 milhões para realizar estudos de abertura de capital da companhia. “Nosso objetivo é pressionar o governo para barrar a privatização. Água é direito, não é negócio”, disse.

Ela alertou que, embora não se trate de uma venda direta como a realizada em 2021, a operação representa uma estratégia que reduz a presença do Estado na gestão da água e abre espaço para interesses de acionistas privados.

Falta de transparência

O conselheiro de administração da Cedae, Jorge Briard, afirmou que o processo licitatório não tem sido conduzido com transparência. Segundo ele, mais da metade dos arquivos do edital estavam em sigilo, incluindo dois documentos relacionados à habilitação técnica da vencedora, o consórcio Hidro Rio.

“Já houve um valor empenhado de R$ 17 milhões, dos quase R$ 19 milhões contratados. É preciso ter muita atenção em tudo que está ocorrendo, e esta Casa deve acompanhar de perto a documentação desses estudos”, ressaltou Briard.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saneamento e Meio Ambiente (Sintsama), Victor Duque, também criticou a condução do processo. Para ele, a exclusão do Conselho de Administração em decisões estruturais da empresa configura irregularidade.

“O que Briard disse aqui, informando que a Cedae pretende mudar a sua estrutura sem passar pelo Conselho, pra mim, já é uma fraude”, afirmou.

Representantes de movimentos sociais também manifestaram preocupação. Para Roberto Carlos, coordenador do Movimento dos Atingidos por Barragens, a abertura de capital da Cedae ameaça a soberania hídrica da população.

O grupo de parlamentares pretende retomar o tema nas próximas semanas, cobrando a abertura integral dos documentos e mais transparência sobre o futuro da empresa.