A taxa de desemprego no Brasil voltou a recuar e atingiu o menor patamar já registrado. Dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira mostram que o desemprego ficou em 5,4% no trimestre encerrado em outubro — resultado melhor do que o previsto pelo mercado, que projetava 5,5%, segundo a mediana do Valor Data.
Depois de três meses de estabilidade no ponto mais baixo da série, o país quebra novamente o próprio recorde em um cenário de mercado de trabalho aquecido. Em relação ao mesmo trimestre de 2024, quando a taxa era de 6,2%, a queda é de 0,7 ponto percentual.
A Pnad Contínua revela que o Brasil tem hoje 5,910 milhões de pessoas desempregadas, o menor contingente desde o início da série, em 2012. São reduções no trimestre (-207 mil pessoas) e no ano (-788 mil). Ao mesmo tempo, o número de ocupados segue estável em nível histórico: 102,5 milhões de trabalhadores, com destaque para os empregados com carteira assinada, que chegaram a 39,182 milhões, o maior número já observado.
Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, a forte ocupação dos últimos meses tem reduzido a pressão por busca de emprego, o que ajuda a derrubar a taxa de desocupação.
Os dados também mostram alta na renda. A renda média real subiu para R$ 3.528 — acima dos R$ 3.507 do trimestre anterior e no maior patamar da série. Já a massa de rendimento alcançou R$ 357,3 bilhões, estável no trimestre, mas 5% maior que há um ano, um acréscimo de R$ 16,9 bilhões.






