O desfile das escolas de samba da Marques de Sapucaí passou a integrar oficialmente o patrimônio imaterial histórico, cultural, artístico e humanístico do Estado do Rio de Janeiro. O reconhecimento foi formalizado por meio da Lei nº 11.064, sancionada pelo governador Cláudio Castro e publicada no Diário Oficial desta sexta-feira.
A nova legislação declara o desfile realizado na Passarela do Samba como um dos bens culturais mais relevantes do estado, destacando o papel central do Carnaval carioca na identidade, na história e na projeção cultural do Rio de Janeiro no Brasil e no mundo. O texto ressalta o valor simbólico, artístico e social do espetáculo, que reúne todos os anos escolas de samba, artistas, comunidades e milhões de espectadores.
Além do reconhecimento formal, a lei autoriza o Poder Executivo estadual a apoiar iniciativas voltadas à valorização, preservação da memória e divulgação do desfile da Sapucaí como patrimônio imaterial. A medida abre espaço para ações culturais e educativas que fortaleçam o Carnaval como manifestação artística e expressão popular.
Considerada o principal palco do Carnaval do Rio, a Marques de Sapucaí concentra os desfiles do Grupo Especial e das demais divisões, além de movimentar a economia criativa, impulsionar o turismo e gerar milhares de empregos temporários. Ao longo das décadas, o sambódromo se consolidou como símbolo da cultura carioca, com enredos que dialogam com a história do Brasil, temas sociais, religiosos, políticos e tradições populares.
A lei entra em vigor a partir da data de publicação, tornando imediato o reconhecimento do desfile da Sapucaí como patrimônio imaterial do Estado do Rio de Janeiro, ao lado de outras manifestações culturais já protegidas pela legislação estadual.






