O dólar encerrou esta terça-feira (11) em queda de 0,64%, cotado a R$ 5,2732, menor valor de fechamento desde junho de 2024. A moeda acumula recuo de 2,33% nos últimos cinco pregões e 1,99% em novembro. A desvalorização é influenciada por cenário externo e fluxo de recursos para o Brasil.
O real se beneficia da expectativa de fim do shutdown nos EUA e da perspectiva de manutenção da Selic em 15% até janeiro de 2026. O ambiente favorece operações de carry trade, reforçando a atração por investimentos em bolsa e renda fixa domésticas.
Dados recentes do IBGE mostram que o IPCA subiu apenas 0,09% em outubro, abaixo da projeção mediana, indicando desinflação e fortalecendo a confiança no real. Analistas de bancos como UBS BB, C6 Bank e PicPay revisaram para baixo as projeções do índice para 2025, reforçando a tendência.
No exterior, o Dollar Index (DXY) recua 0,20%, influenciado por dados fracos do mercado de trabalho nos EUA. Entre as quatro semanas encerradas em 25 de outubro, o setor privado americano perdeu 11.250 vagas, aumentando as expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve em dezembro.
Especialistas projetam continuidade da valorização do real nos próximos meses, com possibilidade de atingir R$ 5,10 a R$ 5,20 no curto prazo e até R$ 5,00 em horizonte maior. O cenário combina taxa de juros reais elevadas, estabilidade do risco soberano e termos de troca favoráveis.






