O dólar encerrou esta quarta-feira (5) em queda de 0,69%, cotado a R$ 5,3614, impulsionado pelo maior otimismo global e pela busca por moedas emergentes. O movimento foi favorecido pela decisão da China de suspender tarifas sobre produtos dos Estados Unidos, o que reduziu a tensão comercial e estimulou o apetite ao risco.
Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre R$ 5,4060 e R$ 5,3540. No acumulado dos três primeiros pregões de novembro, o dólar registra queda de 0,35%, após ganhos de 1,08% em setembro. Já no ano, acumula perdas de 13,25%, o que faz do real uma das moedas mais valorizadas da América Latina.
Operadores também relataram entrada de recursos externos para ações e renda fixa no país. O Ibovespa ultrapassou pela primeira vez na história os 153 mil pontos, refletindo o otimismo com os mercados globais e a recuperação das bolsas americanas após as quedas da véspera.
Segundo o economista-chefe da Monte Bravo, Luciano Costa, o mercado operou em clima de “risk-on”, com melhora da percepção de risco e valorização de ativos brasileiros. Ele destacou que o cenário interno também é influenciado pela expectativa sobre o Comunicado do Copom, que poderá ajustar sua linguagem diante da melhora da inflação.
Costa afirmou que o Banco Central precisará reconhecer “sinais de enfraquecimento da atividade econômica” e a desaceleração dos preços, fatores que ajudam a sustentar o bom humor dos investidores e o fortalecimento do real no curto prazo.






