O dólar fechou a sexta-feira (5) em forte alta, subindo mais de 2% e encerrando o dia a R$ 5,4328, no maior valor em quase dois meses. A Bolsa também sentiu o impacto: o Ibovespa recuou 4,31%, aos 157.369 pontos, na maior queda intradia em mais de dois anos.
O movimento foi provocado principalmente pelo noticiário político. A sinalização de que Flávio Bolsonaro pode disputar a Presidência em 2026 elevou a aversão ao risco e derrubou a confiança dos investidores. A possível substituição da chapa desejada pelo mercado — Tarcísio–Michelle — aumentou a incerteza e pressionou os ativos brasileiros.
No cenário doméstico, o PIB do terceiro trimestre avançou 0,1%, em meio à fraqueza dos serviços e do consumo das famílias. O dado aumentou as apostas de que o Banco Central poderá iniciar cortes de juros já em janeiro.
Nos Estados Unidos, o PCE, indicador de inflação preferido do Federal Reserve, veio dentro do esperado, reforçando a possibilidade de cortes de juros já na próxima semana, cenário que ajudou a conter parte da turbulência global.






