A terceira rodada da pesquisa Gerp sobre as eleições estaduais de 2026 consolida Eduardo Paes (PSD) como o principal nome na disputa pelo Palácio Guanabara. O levantamento, feito com 1 000 eleitores entre 24 e 27 de outubro, e margem de erro de 3,16 pontos percentuais, também aponta desgaste do governador Cláudio Castro (PL), cuja popularidade tem influenciado o ritmo da corrida.
Paes lidera em todos os cenários
No cenário principal, Paes aparece com 39% das intenções de voto, seguido por Glauber Braga (PSOL) (7%), Dr. Luizinho (PP) e General Pazuello (PL) (6%), Garotinho e Márcio Canella (União Brasil) (5%), Washington Reis e Rodrigo Bacellar (3%). Outros nomes — Rodolfo Landim, Marcelo Itagiba e Fabiano Horta — marcam 1%.
Somados, os adversários chegam a 38%, configurando empate técnico dentro da margem, mas com vantagem numérica consistente para Paes.
Quando o economista Paulo Guedes é incluído no lugar de Pazuello, o prefeito amplia a dianteira para 43%, contra 8% de Guedes e 5% de Monica Benício (PSOL). A entrada do ex-ministro enfraquece os concorrentes da direita, mantendo Paes isolado na liderança.
Flávio Bolsonaro equilibra o jogo
No cenário que inclui o senador Flávio Bolsonaro (PL), a disputa se torna mais competitiva: Paes tem 37%, contra 24% de Flávio e 8% de Glauber Braga. Mesmo assim, o prefeito mantém vantagem de dois dígitos e segue como favorito para suceder Castro.
Desgaste do governador
O estudo mostra que a popularidade de Cláudio Castro caiu e afeta diretamente o desempenho do grupo governista. Em simulações para o Senado, o governador aparece com apenas 13% das intenções de voto — resultado considerado fraco diante de sua exposição e das crises de segurança e gestão enfrentadas pelo estado.
O cenário indica acúmulo de desgaste político e abre espaço para candidatos com perfil técnico e discurso de eficiência, como Paes. O eleitor fluminense demonstra preferência por figuras associadas à estabilidade administrativa diante do descrédito com a atual gestão.
Disputa se consolida
Com pouco mais de um ano até as urnas, a pesquisa sugere que Eduardo Paes larga em vantagem expressiva, enquanto o tabuleiro político fluminense ainda se reorganiza. O crescimento de Flávio Bolsonaro e o desempenho discreto de Castro reforçam o redesenho de forças no estado, onde Paes aparece como o nome mais competitivo, sustentado por popularidade na capital e pela imagem de gestor experiente em meio à instabilidade política do Rio.






