Um dia após o ciclone extratropical atingir o estado, mais de 1,3 milhão de imóveis continuam sem energia na Grande São Paulo. O fenômeno trouxe ventos de quase 100 km/h, derrubou árvores e danificou estruturas, provocando um apagão que chegou a afetar 2,2 milhões de clientes no pico da crise.
A Enel afirma que a capital é a área mais prejudicada, com mais de 900 mil imóveis ainda sem luz. A concessionária diz ter reforçado equipes e enviado geradores a pontos críticos. Entre quarta e as 5h desta quinta, cerca de 500 mil ligações foram normalizadas, mas ainda não há previsão total de restabelecimento.
Os efeitos também se estendem às vias públicas. O Corpo de Bombeiros registrou 1.642 ocorrências de queda de árvores em todo o estado, sendo 231 na capital. Parte delas ainda bloqueia ruas, e a prefeitura aguarda o desligamento da energia em 40 locais para iniciar a remoção com segurança.
O trânsito e os serviços urbanos seguem afetados. A CET contabilizou 235 semáforos apagados durante a manhã. Parques municipais foram fechados por precaução, com exceção do Ibirapuera, que reabriu ao meio-dia com áreas isoladas para inspeção.
O abastecimento de água também foi comprometido. A Sabesp informa que municípios como Guarulhos, Mauá, Cajamar e Santa Isabel, além de bairros da capital, enfrentam instabilidade por falta de energia nas estações. No transporte aéreo, Congonhas registrou 46 voos cancelados nesta manhã, após 180 cancelamentos no dia anterior.






