Milhares de bombeiros apoiados por militares, helicópteros e aeronaves de países vizinhos trabalham nesta segunda-feira (18/08) para combater mais de 20 incêndios no oeste da Espanha e em Portugal, que já deixaram seis mortos, enquanto a onda de calor que alimentou as chamas se aproxima do fim.
“Atualmente, temos 23 incêndios ativos em situação operacional dois, que indica uma ameaça grave e direta à população”, declarou a diretora-geral da Proteção Civil e Emergências da Espanha, Virginia Barcones, à TVE Virginia Barcones.
Os incêndios na Espanha, agora em sua segunda semana, concentram-se nas regiões da Galícia, Castilla y León e Extremadura, onde milhares de pessoas abandonaram suas casas e dezenas de milhares de hectares foram queimados.
As chamas forçaram o fechamento do trecho “entre Astorga e Ponferrada” da popular peregrinação cristã do Caminho de Santiago, que recebeu quase meio milhão de pessoas em 2024, informaram as autoridades.
A agência meteorológica nacional da Espanha (Aemet) informou que esta segunda-feira foi o “último dia da onda de calor”, que já dura duas semanas com temperaturas de até 45°C em partes do sul e 40°C em muitas outras localidades.
Recursos aéreos da França, Itália, Eslováquia e Países Baixos auxiliam o combate às chamas na Espanha, enquanto Portugal recebe apoio aéreo da Suécia e Marrocos.
Mais de 343.000 hectares foram queimados na Espanha desde o início do ano, um número crescente que já ultrapassa o total de hectares queimados no pior ano, segundo o Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS). O ano de 2022 era até agora o pior ano em termos de área devastada por incêndios na Espanha, com 306.000 hectares queimados.
Portugal detém o recorde europeu desde o início dos registros em 2006, com 563.000 hectares queimados em 2017, em incêndios que provocaram 119 mortes. O país também sofre com as chamas neste verão, com 216.000 hectares queimados em 2025.