O governo do estado prepara uma grande força-tarefa para desmobilizar mais de 13.600 barricadas erguidas por facções e milicianos em municípios da Região Metropolitana do Rio. O mapeamento abrange a capital, a Baixada e o Leste Fluminense, mas o quadro mais crítico está em São Gonçalo e São João de Meriti, onde as obstruções já alteram a circulação de serviços públicos e o cotidiano de moradores.
A ação será contínua, diária e de longa duração. Para isso, o governador Cláudio Castro convocou para esta segunda-feira uma reunião com todos os prefeitos da região. A divisão de tarefas envolve maquinário pesado — retroescavadeiras, tratores e caminhões — além de equipes municipais para retirada de material e equipes estaduais com kits de corte e demolição. A Polícia Militar dará suporte operacional para garantir o avanço das equipes dentro das áreas de risco.
O plano prevê não apenas a liberação das vias, mas a remoção completa da infraestrutura criminosa, incluindo valas, ferros chumbados no chão, carcaças de automóveis, barris concretados e outros obstáculos usados para bloquear acessos. Os buracos serão aterrados e receberão concreto imediatamente para impedir a reinstalação das estruturas.
Castro enfatiza que a resposta será rápida para qualquer tentativa de reconstrução: Bope e Core retornarão no dia seguinte. A promessa é manter a operação até o fim do mandato.
As barricadas, hoje presentes em comunidades da capital e de vias estratégicas como Avenida Brasil e principais corredores da Baixada, representam um dos instrumentos centrais de domínio territorial do crime, dificultando patrulhamento e operações de emergência. No fim de setembro, dois policiais do 17º BPM foram feridos por explosivos escondidos em uma dessas barreiras na Ilha do Governador.






