Um estudo atualizado do BNDES aponta que concluir Angra 3 é a alternativa mais econômica e estratégica para o país do que abandonar o empreendimento em Angra dos Reis (RJ). O relatório foi entregue ao Ministério de Minas e Energia e será avaliado pelo Conselho Nacional de Política Energética, presidido pelo ministro Alexandre Silveira.
Os cálculos mostram que cancelar a usina custaria entre R$ 22 bilhões e R$ 25,97 bilhões, enquanto finalizar a construção demandaria R$ 23,9 bilhões. Mesmo com variações nos modelos de financiamento, as tarifas projetadas ficaram entre R$ 778 e R$ 817 por MWh, abaixo do custo médio de térmicas no Sudeste, o que reforça a competitividade da fonte nuclear.
De acordo com a Eletronuclear, o levantamento confirma que a retomada da obra é a opção mais racional do ponto de vista econômico, energético e ambiental. A estatal destaca que a energia nuclear tem papel estratégico na transição para uma matriz elétrica mais limpa e segura, contribuindo para a redução das emissões de carbono.
Paralisada há anos, a usina custa R$ 1 bilhão anuais para ser mantida, somando dívidas e conservação. Com 66% das obras concluídas, Angra 3 tem potencial para gerar 12 milhões de MWh por ano, energia suficiente para atender 4,5 milhões de pessoas, o equivalente a 70% do consumo do estado do Rio de Janeiro.






