Os Estados Unidos irão se retirar novamente da Unesco, agência de educação, ciência e cultura da Organização das Nações Unidas (ONU). O anúncio foi feito nesta terça-feira (22/7) pelo governo de Donald Trump, alegando que a instituição não atende aos interesses do país e que promove discursos anti-Israel. A saída da instituição será concretizada em dezembro de 2026.
Segundo o jornal The Guardian, a medida é uma iniciativa da gestão de Donald Trump, que, pela segunda vez, retira os EUA da agência e de uma série de agências globais. A iniciativa foi tomada pelo governo norte-americano ao revisar sua participação nas organizações da ONU e concluir que não coincidem para o desenvolvimento dos EUA.
“A Unesco trabalha para promover causas sociais e culturais divisivas e mantém um foco descomunal nos objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU, uma agenda globalista e ideológica para o desenvolvimento internacional em desacordo com nossa política externa de ‘América em Primeiro Lugar’”, disse Tammy Bruce, porta-voz do Departamento de Estado. O país ainda pretende deixar a Organização Mundial da Saúde (OMS), interromper o financiamento à agência de ajuda humanitária palestina Unrwa e se retirar do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
A Unesco é uma organização global, sediada em Paris e fundada após a Segunda Guerra Mundial para promover a paz por meio da cooperação internacional em educação, ciência e cultura. Os EUA fornecem cerca de 8% do orçamento total da Unesco, o que era uma parcela considerável no subsídio da agência, mas não se trata de um impacto financeiro grave. Funcionários da Unesco previam a medida após tomar conhecimento que os EUA faria uma revisão nas agências filiadas na ONU e afirmam vão excutar missões apesar dos “recursos inevitavelmente reduzidos”.