A Guarda Costeira dos EUA apreendeu um petroleiro perto da costa da Venezuela, na segunda abordagem do tipo em menos de duas semanas, e dias depois do presidente americano, Donald Trump, declarar um bloqueio a embarcações sob sanções que transportam petróleo do país. A ação é mais um degrau na campanha da Casa Branca contra o governo de Nicolás Maduro, e que envolve a maior mobilização militar americana na região em décadas. Caracas chamou a apreensão de “terrorismo internacional” e recebeu apoio do Irã, outro país na mira dos Estados Unidos.
De acordo com integrantes do governo americano e da indústria petroleira dos EUA, citados pela imprensa americana, o navio Centuries, de bandeira panamenha, foi abordado em águas internacionais na madrugada de sábado pela Guarda Costeira dos EUA, com o apoio de militares do país — segundo a agência Associated Press, não houve resistência por parte da tripulação. A embarcação não está na lista de sanções do Departamento do Tesouro e transportava petróleo venezuelano em direção à Ásia.
Em publicação no Telegram, o chanceler venezuelano, Yvan Gil, chamou a apreensão de “atos de pirataria” e de “terrorismo internacional”, e revelou ter conversado por telefone com o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, outro país sob embargo americano. Segundo Gil, os dois discutiram os “recentes roubos de navios carregados de petróleo venezuelano, e ouviu a oferta de Teerã de cooperação “em todas as áreas” para enfrentar as ações americanas.






