O grupo de ataque do porta-aviões USS Gerald R. Ford, dos Estados Unidos, chegou à região da América Latina, intensificando o contingente militar americano no Caribe e elevando as tensões diplomáticas com a Venezuela.
O envio foi determinado pelo presidente Donald Trump no mês passado. O porta-aviões, acompanhado por oito navios de guerra, um submarino nuclear e aeronaves F-35, é o mais moderno e poderoso da Marinha dos EUA, com mais de 5 mil marinheiros a bordo.
Segundo o Pentágono, a missão tem como objetivo “combater o narcotráfico e desmantelar organizações criminosas transnacionais”. No entanto, o governo venezuelano, liderado por Nicolás Maduro, acusa Washington de usar o pretexto do combate ao tráfico para pressionar politicamente Caracas e forçá-lo a deixar o poder.
Em agosto, a Casa Branca dobrou a recompensa por informações que levem à prisão de Maduro — agora fixada em US$ 50 milhões —, sob a acusação de vínculos com o narcotráfico, o que o líder venezuelano nega.
Desde o anúncio da operação, as Forças Armadas americanas realizaram ao menos 19 ataques contra embarcações suspeitas de tráfico de drogas no Caribe e na costa do Pacífico latino-americano, resultando na morte de 76 pessoas.
Maduro reagiu prometendo resistir a qualquer intervenção estrangeira. “Se houver invasão, milhões de homens e mulheres armados marcharão pela Venezuela”, declarou.
A escalada também atingiu as relações com a Colômbia, cujo presidente Gustavo Petro trocou críticas públicas com Trump nas últimas semanas.
Com o Gerald Ford em operação, os Estados Unidos reforçam sua maior demonstração de poder naval na região em décadas — um movimento que reacende o clima de tensão no Caribe e projeta impactos políticos e militares em toda a América Latina.






