O ex-deputado estadual Paulo Frateschi, do PT, foi morto a facadas pelo próprio filho, Francisco Frateschi, durante um desentendimento familiar ocorrido nesta quinta-feira (6), em São Paulo. O ex-parlamentar foi atingido no abdômen e em um dos braços, chegou a ser levado ao Hospital das Clínicas, mas não resistiu aos ferimentos.
A esposa de Frateschi, Yolanda Maux Viana, também ficou ferida ao tentar intervir na briga. Ela sofreu uma fratura no braço e foi atendida na UPA da Lapa. Testemunhas relataram que o crime ocorreu dentro da casa da família, na zona oeste da capital paulista. O filho foi preso em flagrante.
Ex-presidente estadual do PT e amigo próximo de Luiz Inácio Lula da Silva, Frateschi era uma figura histórica da política paulista. Militante desde os anos 1970, foi preso e torturado durante a ditadura militar, tornando-se símbolo da resistência ao regime.
Frateschi enfrentou duas tragédias pessoais marcantes: em 2002, perdeu o filho Pedro, de 7 anos, em um acidente na rodovia Carvalho Pinto, e no ano seguinte, o filho Júlio, de 16 anos, morreu em outro acidente, na Rio-Santos.
Secretário de Relações Governamentais na gestão da prefeita Marta Suplicy (2001–2004), Paulo Frateschi também ocupou cargos de direção no PT em diferentes períodos. Em 2019, ao comentar a prisão de Lula, afirmou que o ex-presidente era vítima de “perseguição política”, comparando o episódio à repressão sofrida na ditadura.






