Durante coletiva nesta sexta-feira (31/10), o secretário de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Felipe Curi, comentou sobre a fuga de Edgard Alves de Andrade, o Doca, apontado como chefe máximo do Comando Vermelho no estado. Segundo Curi, a captura do criminoso é apenas uma questão de tempo e representa uma das maiores prioridades das forças de segurança.
A megaoperação conhecida como Operação Contenção, considerada a mais letal da história do Rio e do Brasil, terminou com 121 mortos, 113 presos e cerca de 100 armas apreendidas, incluindo 91 fuzis. Entre os mortos, 40 eram oriundos de outros estados, e muitos eram líderes do CV que utilizavam o Rio como “QG nacional” para treinamento e rearticulação de quadrilhas.
Curi classificou Doca como “a personificação de um narcoterrorista”, com mais de 260 anotações criminais e centenas de mandados de prisão em aberto. O secretário destacou que o traficante é apontado como mandante do assassinato de três adolescentes em Belford Roxo, em 2020, caso conhecido como Meninos de Belford Roxo.
Segundo a polícia, a fuga de Doca contou com “soldados” do tráfico para abrir caminho durante o cerco, reforçando a importância estratégica do Complexo da Penha para a facção em nível nacional. O secretário reafirmou que o enfrentamento ao tráfico continuará, com prioridade para capturar Doca e reduzir o impacto da facção nas comunidades afetadas.






