A 5ª edição do Festival Mate com Angu de Cinema começou nesta quinta-feira (23), em Duque de Caxias, levando o cinema independente para os espaços culturais da Baixada Fluminense. Com o tema “Bora se ver no cinema”, a programação gratuita segue até 1º de novembro com exibições, debates e oficinas. O evento, promovido pelo Cineclube Mate com Angu, reforça a importância da produção audiovisual local e aposta na democratização do acesso à sétima arte.
As exibições acontecem em espaços públicos de destaque cultural, como o Gomeia Galpão Criativo e o Casarão da Cultura, além de uma sessão ao ar livre na Praça da Estação de Trem de Imbariê. A mostra reúne filmes de longa e curta-metragem, além de oficinas, debates e aulas abertas voltadas à formação e valorização de novos realizadores.
Segundo Luisa Pitanga, uma das organizadoras do festival, o coletivo recebeu mais de 600 curtas-metragens inscritos, vindos de diferentes regiões do país — um retrato da diversidade e potência do audiovisual brasileiro. “A gente percebeu que muitos desses filmes só foram realizados por conta da Lei Paulo Gustavo. Ficou muito claro para nós que a política pública de audiovisual e essa territorialização fazem diferença, sim”, destaca.
A abertura do festival contou com a estreia de “Amuleto”, primeiro longa-metragem do Cineclube Mate com Angu. O documentário revisita “O Amuleto de Ogum” (1974), de Nelson Pereira dos Santos, e mergulha na potência simbólica e cultural das histórias produzidas na Baixada Fluminense.
Com mais de 20 anos de atuação, o coletivo Mate com Angu já realizou mais de 30 curtas e 100 oficinas dedicadas à formação audiovisual de jovens e artistas locais.
O projeto é uma realização do Cineclube Mate com Angu em parceria com a Circular Filmes, e conta com o apoio do Governo Federal, Ministério da Cultura, Governo do Estado do Rio de Janeiro e da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, por meio da Política Nacional Aldir Blanc.






