O Ministério Público de São Paulo (MPSP) abriu um inquérito para investigar o cantor Filipe Ret, após pedido público de liberdade ao rapper Oruam durante sua apresentação no festival The Town, em setembro. A denúncia foi feita pela vereadora Amanda Vettorazzo (União), autora da chamada Lei Anti-Oruam, que considera o discurso do artista uma apologia ao crime organizado.
Segundo a vereadora, manifestações públicas que defendam integrantes de facções criminosas, como o Comando Vermelho, não podem ser toleradas em São Paulo. Ela afirmou que a investigação serve como alerta e reforço de que não será permitido normalizar ou glorificar atos ligados ao crime, especialmente diante de crianças e jovens.
O MPSP informou que a representação está em sigilo desde 16 de setembro e está sob responsabilidade da Promotoria de Justiça Criminal de Santo Amaro. Até o momento, Filipe Ret e sua equipe não se pronunciaram oficialmente sobre o inquérito.
O rapper Oruam havia sido solto no dia 29 de setembro da Penitenciária Serrano Neves, no Rio de Janeiro, após prisão em julho. Ele cumpre medidas como uso de tornozeleira eletrônica, apresentação mensal à Justiça, restrição de horários e proibição de se aproximar de menores e áreas de risco, como o Complexo do Alemão.






