Uma sequência de incidentes provocados por condições marítimas extremas colocou Tenerife, no arquipélago das Ilhas Canárias, na Espanha, em estado de alerta máximo neste domingo (9/11). A ressaca no Atlântico alcançou patamares considerados excepcionais pelas autoridades locais e resultou em três mortes, além de deixar ao menos 15 pessoas feridas. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o mar agitado e ondas atingindo áreas normalmente seguras para turistas.
A primeira ocorrência fatal foi registrada em La Guancha, no norte da ilha, quando um homem caiu na água e passou a ser arrastado pela forte corrente. Ele chegou a ser localizado por um helicóptero de resgate, retirado das ondas e levado às pressas ao hospital, mas não resistiu. Poucas horas depois, um segundo corpo — de um homem encontrado boiando na praia de El Cabezo, no sul — também foi retirado do mar por equipes de emergência, que não conseguiram reanimá-lo.
O episódio mais dramático ocorreu em Puerto de la Cruz, no norte de Tenerife, onde uma onda gigantesca atingiu o píer e arrastou dez pessoas para o mar. Segundo equipes de resgate, três delas ficaram gravemente feridas após colidirem com o cais ou com rochas, sendo levadas ao hospital para atendimento especializado. Um membro da equipe de emergência afirmou que “uma mulher morreu e nove pessoas ficaram feridas ao caírem na água após uma forte rajada de vento em Tenerife, no píer de Puerto de la Cruz, às 15h”.
No mesmo dia, uma idosa sofreu um ataque cardíaco durante as fortes rajadas e também morreu, segundo autoridades locais.
A Defesa Civil das Ilhas Canárias reforçou o alerta para moradores e visitantes, pedindo que evitem áreas próximas ao litoral durante o período de forte ondulação. A região já registrou casos semelhantes no passado: em 2017, um turista britânico de 30 anos morreu após ser atingido por uma onda e cair no mar próximo a uma gruta na mesma ilha.






