Um dos nomes mais icônicos da dramaturgia nacional, Francisco Cuoco morreu nesta quinta-feira (19/6), aos 91 anos. A informação foi confirmada pela família à imprensa. Cuoco deixa três filhos, Tatiana, Rodrigo e Diogo, e netos.
O ator esteva internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, há cerca de 20 dias, e sofria complicações de saúde devido à idade. A causa de sua morte não foi informada, mas ele tratava um ferimento que infeccionou.
Sua história
Paulista, nascido em 1933 no bairro do Brás, Cuoco descobriu cedo a vocação para os palcos. Abandonou o curso de Direito para estudar na Escola de Arte Dramática e, já nos anos 1950, integrava o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) e o Teatro dos Sete, ao lado de nomes como Fernanda Montenegro e Sérgio Britto.
Sua estreia na televisão aconteceu em teleteatros da TV Tupi, onde os programas eram transmitidos ao vivo. Logo seu talento alcançou as novelas, ganhando destaque em produções da Record e da Excelsior, como Redenção (1966) e Legião dos Esquecidos (1968).
Com uma carreira de mais de seis décadas, o ator foi protagonista de algumas das novelas mais marcantes da história da TV Globo e ajudou a moldar o perfil do galã brasileiro a partir dos anos 1970. Alguns de seus personagens marcaram a história de teledramaturgia como o taxista Carlão de Pecado Capital, O Astro, Selva de Pedro e O Sétimo Sentido, entre dezenas de outros, e na última década fazia mais participações.
Ao longo da carreira, o ator também se dedicou ao cinema, ao teatro e até à música — gravou dois discos, entre eles um álbum de orações.
Seu último trabalho na televisão foi uma participação no especial Juntos a Magia Acontece, exibido em 2020. Em 2025, foi homenageado na série documental Tributo, do Globoplay, que relembrou sua trajetória.