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Goleada do sub-20 do Fla repercute na Europa

Flamengo goleia Bayer Leverkusen e imprensa europeia repercute estreia de Ten Hag

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Gilvan de Souza/Flamengo

Mesmo tratando-se de um amistoso e com um time cheio de jovens, a goleada por 5 a 1 aplicada pelo sub-20 do Flamengo sobre o Bayer Leverkusen, na Gávea, chamou a atenção de jornais da Inglaterra, Espanha e Alemanha. A estreia do técnico Erik Ten Hag, ex-Manchester United, à frente da equipe alemã foi duramente criticada.

Tanto o alemão Bild quanto o espanhol As usaram a palavra “desastre” em suas manchetes. O Bild apontou que, embora tenha sido apenas o primeiro teste sob o comando do novo técnico, o desempenho mostrou “o quanto o sucessor de Xabi Alonso precisará trabalhar até o início da temporada”.

Já o As, de Madri, destacou a herança deixada por Xabi Alonso, que levou o Leverkusen aos títulos da Bundesliga e da Copa da Alemanha antes de se transferir para o Real Madrid. O Marca, também da Espanha, escreveu que a estreia de Ten Hag “foi do sonho ao pesadelo”.

No Reino Unido, o The Sun lembrou a passagem conturbada de Ten Hag pelo Manchester United entre 2022 e 2024 e classificou o resultado como um “grande constrangimento” para o treinador holandês.

Trocas, calor e um time misto

Ten Hag optou por iniciar a partida com cinco jogadores da equipe sub-19 e aproveitou o amistoso para dar rodagem a reforços como o goleiro Mark Flekken, de 32 anos, e o meia francês Axel Tape, de apenas 17 anos. Outros recém-chegados, como o zagueiro inglês Jarell Quansah e o atacante Christian Kofane, não foram utilizados.

Com um placar de 4 a 0 no primeiro tempo e o quinto gol sofrido logo no início da etapa final, o treinador decidiu substituir toda a equipe. Só após a entrada de nomes mais experientes como Hradecky, Tapsoba, Xhaka e Palacios, o Bayer conseguiu equilibrar a partida e descontar com um gol de Cullbreath, jovem da base.

— Os últimos 30 minutos foram bons, houve sinais de melhora — disse Ten Hag após o jogo.

Apesar do resultado elástico, o treinador minimizou a goleada:

— Não é bom perder, principalmente por uma grande diferença, mas o mais importante era terminar o jogo sem lesões. Além disso, o calor às 14h30 dificultou muito. Teria sido melhor jogar mais tarde — comentou o técnico.