A possibilidade de Jair Bolsonaro cumprir uma eventual pena em regime domiciliar voltou a circular entre seus aliados. Segundo a revista Veja, uma análise atribuída ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, no início de sua gestão, reacendeu a expectativa no entorno do ex-presidente. A avaliação envolveria a aplicação da chamada prisão humanitária diante do quadro clínico de Bolsonaro.
De acordo com advogados do ex-presidente, Gonet teria indicado que o benefício é juridicamente possível, mesmo que impopular. A interpretação encontra apoio em setores do governo e ganhou força após uma integrante do gabinete do ministro Alexandre de Moraes visitar as instalações da Papuda, onde Bolsonaro poderia ser levado antes de uma eventual definição sobre o regime de cumprimento da pena.
O cenário lembra o caso de Fernando Collor, que passou por um presídio em Alagoas antes de receber autorização para cumprir pena em casa durante a Lava Jato. Outros condenados, como Roberto Jefferson e alguns participantes dos atos de 8 de janeiro diagnosticados com doenças graves, também obtiveram decisões semelhantes ao longo dos últimos anos.
Esses precedentes reforçam o discurso de aliados que apostam na possibilidade de Bolsonaro ser beneficiado caso venha a ser condenado na ação sobre a trama golpista. Para o grupo, a suposta sinalização de Gonet mantém acesa a expectativa de um desfecho mais brando para o ex-presidente.






