Dois dias após a prisão do presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União), o governador Cláudio Castro se pronunciou pela primeira vez sobre o caso. Em nota divulgada nesta sexta-feira (5), Castro afirmou confiar na condução “técnica e imparcial” do STF e da Polícia Federal — responsáveis pela investigação que levou à prisão preventiva do parlamentar. Bacellar é acusado de vazar informações sigilosas da Operação Zargun ao deputado TH Jóias (MDB), preso em setembro por ligação com o Comando Vermelho.
No comunicado, o governador destacou a importância de garantir o devido processo legal, já que Bacellar ocupa o comando do Legislativo fluminense. A decisão do ministro Alexandre de Moraes também levantou questionamentos sobre órgãos do Executivo, como Proderj, Imprensa Oficial e Secretaria de Planejamento, que tiveram documentos requisitados pelo Supremo. A PF suspeita que mudanças administrativas feitas no mesmo dia da prisão de TH Jóias possam ter sido uma manobra para proteger aliados políticos.
Castro afirmou que todas as informações solicitadas ao governo já foram enviadas ao STF e que o Executivo segue comprometido com transparência e legalidade. A operação também impôs medidas cautelares ao assessor Thárcio Nascimento Salgado e autorizou buscas em endereços ligados a Bacellar e outros investigados. Segundo a PGR, a prisão preventiva é necessária para evitar riscos à investigação, fuga ou pressão sobre testemunhas. O impacto político da operação segue em análise, enquanto Bacellar permanece afastado da presidência da Alerj.






