A crise na segurança pública do Rio de Janeiro provocou um novo atrito entre o governo federal e o governador Cláudio Castro (PL). Ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o chefe do Executivo fluminense divergem sobre onde realizar a reunião de emergência para discutir a escalada da violência no estado.
A proposta de encontro foi feita pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, em ligação a Castro na noite de terça-feira (28), após a operação policial que deixou mais de 60 mortos em diferentes regiões do Rio. Rui se ofereceu para levar a equipe ministerial à capital fluminense já na quarta-feira (29), mas o governador manifestou preferência por que o encontro ocorresse em Brasília.
Nos bastidores, ministros de Lula insistem que a reunião deve acontecer no Rio, argumentando que o governador não pode se ausentar do estado durante um momento de crise. A posição do Planalto é de que a presença conjunta das autoridades no território fluminense reforçaria a coordenação das ações e o simbolismo de união diante da gravidade do quadro.
Do lado federal, devem participar da reunião Rui Costa, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e o diretor-executivo da Polícia Federal, William Murad.
O impasse ocorre em meio à repercussão da operação policial que reacendeu o debate sobre segurança e direitos humanos no Rio de Janeiro, um dos temas mais sensíveis da agenda política nacional.






