O governo federal formalizou a contratação de um empréstimo de R$ 12 bilhões para os Correios, conforme publicação na edição deste sábado (27/12) do Diário Oficial da União (DOU). Com a autorização, a estatal está apta a avançar na captação dos recursos, etapa considerada essencial para a execução do plano de reestruturação em andamento.
De acordo com o ato, o valor poderá ser destinado tanto ao reforço do capital de giro quanto a investimentos estratégicos, além de cobrir despesas vinculadas à própria operação de crédito e aos custos previstos no processo de reformulação da empresa.
O financiamento foi estruturado por um consórcio formado pela Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander. O prazo de pagamento é de 15 anos, com juros atrelados à taxa Selic. O aval do Tesouro Nacional foi concedido há pouco mais de uma semana, após uma tentativa inicial de aprovação que não avançou no início de dezembro.
Desequilíbrio financeiro
Os recursos chegam em um cenário de acentuada fragilidade nas contas da estatal. Entre janeiro e setembro de 2025, os Correios registraram prejuízo superior a R$ 6 bilhões, somando-se a déficits acumulados desde 2022, que já ultrapassam R$ 10 bilhões.
O objetivo do empréstimo é estabilizar as finanças e recuperar a sustentabilidade econômica da empresa. O plano de reestruturação também prevê a implementação de um programa de demissão voluntária, com potencial redução de cerca de 15 mil postos de trabalho entre 2026 e 2027, além do fechamento de agências e da venda de imóveis, com expectativa de arrecadação em torno de R$ 1,5 bilhão.






