O governo federal revisou a projeção do salário mínimo de 2026 e reduziu o valor estimado de R$ 1.631 para R$ 1.627. A atualização foi enviada pelo Ministério do Planejamento ao Congresso para orientar a análise do Orçamento do próximo ano. A mudança acompanha a desaceleração da inflação, que impacta diretamente a fórmula de reajuste do piso nacional.
A equipe técnica afirma que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), referência para o cálculo do mínimo, deve fechar abaixo do previsto no início de 2025. Com isso, o reajuste deve ficar próximo de 7,2% sobre os atuais R$ 1.518. A diferença final, porém, depende do INPC oficial que será divulgado nos próximos dias.
A desaceleração dos preços se tornou decisiva para a revisão. Como a fórmula de reajuste considera o INPC acumulado em 12 meses e o crescimento do PIB, a queda da inflação pressiona o cálculo para baixo. Mesmo assim, a equipe econômica acredita que o valor final deve permanecer próximo da projeção revisada.
A redução na previsão afeta diretamente o planejamento de gastos da União. O salário mínimo influencia despesas como aposentadorias, pensões, abono salarial e seguro-desemprego. Embora a projeção tenha sido revista, o Ministério do Planejamento não solicitou diminuição imediata dessas estimativas, deixando possíveis ajustes para discussão no Congresso.
Pelas regras atuais, o reajuste do mínimo combina inflação e crescimento econômico, mas com um limite imposto pelo arcabouço fiscal: o aumento não pode superar 2,5% acima da inflação. A trava busca evitar saltos nas despesas obrigatórias e manter o equilíbrio das contas públicas.






