Os 30 anos da primeira parada do orgulho LGBTI+ do Brasil serão celebrados no próximo domingo (23), novamente na Praia de Copacabana. A manifestação retoma o local onde tudo começou, em 1995, durante a Marcha da Cidadania, ao fim da conferência da Associação Internacional de Gays e Lésbicas (Ilga).
A realização do evento internacional no Rio ampliou a visibilidade do movimento e fortaleceu a articulação entre grupos de ativistas. Esse encontro ajudou a impulsionar o formato de parada do orgulho, que se expandiu pelo país e, anos depois, alcançou milhões de participantes, como na Parada de São Paulo.
O caminho até 1995 teve tentativas anteriores, como a parada convocada dois anos antes que reuniu pouco público. A experiência levou o recém-criado Grupo Arco-Íris a investir na autoestima da comunidade, ainda marcada pelo medo de se expor publicamente e enfrentar discriminação em casa, no trabalho e nas ruas.
A mobilização cresceu com encontros culturais, cerimônias simbólicas e eventos ao ar livre que reuniram centenas de pessoas. Esses movimentos fortaleceram a confiança dos organizadores, que enfrentaram dificuldades financeiras e estruturais, mas conseguiram realizar a conferência e a marcha que marcou o início das paradas no Brasil.
A manifestação de 1995 consolidou símbolos como a bandeira gigante de 124 metros e abriu caminho para atos em outras cidades. Três décadas depois, a parada retorna ao mesmo cenário para celebrar conquistas, reconhecer desafios e reafirmar a luta por direitos e visibilidade da população LGBTI+.






