O setor hoteleiro do Rio de Janeiro registrou um aumento inesperado na ocupação na noite de terça-feira (28), após a megaoperação policial nos complexos da Penha e do Alemão. Segundo o presidente do HotéisRIO, Alfredo Lopes, o cenário de violência e a dificuldade de circulação pela cidade levaram muitos moradores e turistas a procurar hotéis como forma de refúgio.
Áreas comerciais como a zona sul e a Barra da Tijuca foram as mais procuradas. Lopes relatou que muitos hóspedes que planejavam deixar os hotéis decidiram permanecer, enquanto outras pessoas preferiram se hospedar para evitar o deslocamento em meio aos confrontos. “Os hotéis ficaram lotados. Muita gente que ia sair acabou não saindo, e pessoas que levariam horas para chegar em casa preferiram ficar hospedadas”, afirmou.
A operação, que envolveu cerca de 2,5 mil agentes civis e militares, resultou em mais de 100 mortos e foi classificada pelas autoridades como a mais letal da história do estado. O clima de insegurança se estendeu por toda a cidade, afetando setores como o transporte e o turismo.
Embora ainda não tenha havido cancelamentos significativos de hospedagens ou eventos, o presidente do HotéisRIO reconheceu que o impacto na imagem do Rio é inevitável. “Prejuízo à imagem da cidade? Sempre tem, as imagens já estão no mundo inteiro”, lamentou Lopes.






