A indefinição sobre o acordo entre Cedae e Águas do Rio ameaça aumentar a conta de água de cerca de 10 milhões de moradores já a partir de dezembro. O reajuste previsto em contrato será aplicado em novembro, mas o impasse pode incluir déficits operacionais no cálculo da tarifa.
O conflito começou quando o Tribunal de Contas do Estado suspendeu o termo que previa um desconto de 24,3% no valor da água vendida pela Cedae à Águas do Rio, até alcançar R$ 900 milhões. A concessionária alegou que a cobertura real de esgoto é menor que a prevista, elevando custos, enquanto o TCE afirma que tais verificações deveriam ter sido feitas durante o leilão.
O Ministério Público estadual investiga possível prejuízo aos cofres públicos, solicitando esclarecimentos à Cedae, à Águas do Rio e à agência reguladora Agenersa. Até o momento, nenhuma das empresas recebeu notificação formal, mas ambas se colocaram à disposição para fornecer informações.
O acordo suspenso também previa que o desconto nas faturas fosse aplicado até 2056, garantindo a manutenção de investimentos e obras em andamento. A Águas do Rio afirma que o termo está em conformidade com o contrato e que seguirá respondendo aos questionamentos oficiais quando notificada.