A megaoperação policial que deixou 64 mortos e 81 presos nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte, ganhou destaque em veículos de imprensa de diferentes países. A ação, classificada pelo governo estadual como a mais letal da história do Rio de Janeiro, mobilizou 2,5 mil agentes e gerou imagens de barricadas, drones lançando explosivos e intensos tiroteios em diversos pontos da cidade.
O jornal britânico The Guardian afirmou que o Rio “está em guerra” e vive “o pior dia de violência da história”, destacando a ofensiva contra o Comando Vermelho, descrito como uma das facções mais poderosas do país. A publicação relatou confrontos em comunidades que abrigam cerca de 300 mil moradores e mencionou a proximidade dos combates com o Aeroporto Internacional do Galeão.
Em Portugal, o Público ressaltou o uso de drones por criminosos para lançar granadas e chamou a operação de “a maior já realizada” contra o grupo. A rádio francesa RFI também repercutiu a ação, lembrando o histórico de confrontos nas favelas do Rio e apontando que, em 2024, quase 700 pessoas morreram durante operações policiais no estado.
A agência Reuters observou que a megaoperação ocorre às vésperas de eventos internacionais como o C40 e o Earthshot Prize, que terão o Rio como palco nos próximos dias. A reportagem lembrou que grandes operações de segurança costumam anteceder compromissos de destaque global na cidade.
Na Espanha, o El País descreveu a operação como um “caos colosal”, destacando os intensos tiroteios e a queixa do governador Cláudio Castro sobre a falta de apoio federal. O jornal argentino Clarín também comparou as imagens dos confrontos a “cenas de guerra”, lembrando o histórico do Comando Vermelho e a origem da facção nas prisões do Rio nos anos 1970. Já o La Nación, também da Argentina, destacou o uso de helicópteros, blindados e drones pela polícia para conter o avanço do tráfico.






