O instrutor de asa-delta Sergio Manoel da Silva admitiu ter cometido o erro que resultou na colisão com o parapente de Philip Haegler, em São Conrado, no último dia 20. Em depoimento ao g1, ele afirmou que o empresário, bicampeão brasileiro de voo livre, não errou em nenhum momento e tinha prioridade no tráfego aéreo.
Sergio contou que voava com um aluno e, ao se aproximar da área de pouso, olhou para baixo para soltar a perneira, procedimento padrão. Disse que perdeu Haegler de vista por cerca de três segundos e, ao levantar a cabeça, se assustou com a proximidade do parapente. Tentou uma manobra brusca, mas não conseguiu evitar a colisão.
O piloto relatou que a barra da asa-delta e seu corpo encostaram no parapente, provocando a queda de Haegler, que despencou de cerca de 45 metros e atingiu a fachada de um prédio na Avenida Prefeito Mendes de Morais. Ele afirmou estar abalado, buscar apoio psicológico e se colocou à disposição da polícia.
Segundo o Código de Aviação Desportiva, a preferência é sempre do piloto que está mais abaixo — posição ocupada por Haegler no momento do acidente. A 15ª DP apura o caso, e Sergio pode ser indiciado por homicídio culposo. Para amigos do empresário, foi uma falha técnica rápida, mas determinante.
Nesta quinta, amigos e familiares homenagearam Haegler no Gramado do Clube São Conrado de Voo Livre, que passou a se chamar Campo de Pouso Phil. Um dos nomes mais reconhecidos do voo livre no país, ele marcou gerações e era amigo de Pepê, morto em 1991. O filho de Pepê destacou a importância de Haegler em sua vida.






