A irmã de Juliana Marins, Mariana Marins, e profissionais que participaram da análise do corpo e da parte judicial de sua repatriação concederam uma entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (11/07). Durante a coletiva, Mariana explicou que a irmça morreu em uma segunda queda na trilha no Monte Rinjani, na Indonésia.
Segundo Mariana, na primeira queda, Juliana desceu cerca de 220 metros. “Provavelmente ela veio escorregando cerca de 61 metros até esse paredão rochoso. Aqui é uma parede íngreme de rocha e areia. Ela cai do ponto da trilha até aqui nesse paredão. O ponto final dessa primeira queda é de cerca de 220 metros.
Participaram da entrevista coletiva a defensora pública Taísa Bittencourt Leal Queiroz; o perito particular Nelson Massini; o legista Reginaldo Franklin Pereira e ?Mariana Marins, irmã de Juliana Marins.
Juliana caiu por volta das 17h do dia 20 de junho. Primeira equipe de resgate foi acionada pelo parque 2h23 depois da queda de Juliana e a equipe saiu da base do parque 4 horas depois da queda. “Dezoito horas depois da queda, a equipe de resgate do Basarnas conseguiu descer 150 metros de rapel, mas Juliana estava em um Ponto mais abaixo na montanha”, explicou Mariana.
“Nem se juliana estivesse no mesmo local eles conseguiriam chegar até ela, porque eles só conseguiram chegar até 150 metros e ela estava a 220 metros.”
A irmã explicou que o último registro fotográfico de Juliana com vida foi feito às 6h59 da Indonésia, por drone, no dia 21 (17h59 do Brasil). Às 7h51 ela foi vista pela última vez por uma turista espanhola, antes dela voltar para o camping. Nesse momento, Juliana ainda conseguiu gritar com os turistas europeus, pedindo ajuda.
A Defesa Civil local só chegou 19h50, depois que Juliana tinha sido vista pela última vez. Antes da segunda queda, Juliana escorregou mais 62 metros, como mostra a imagem abaixo.
Autópsia
Segundo a autópsia realizada no Brasil, a jovem morreu em decorrência de múltiplos traumas causados por uma queda de altura de uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia.
A causa imediata da morte foi hemorragia interna provocada por lesões poliviscerais e politraumatismo, compatíveis com impacto de alta energia.
O documento, elaborado após nova autópsia no Brasil, indica que Juliana sobreviveu por um curto período após o impacto — entre 10 e 15 minutos — mas sem condições de reagir ou se locomover.
O estado do corpo, já embalsamado, comprometeu parte das análises, como a estimativa do horário da morte e a verificação de sinais clínicos mais sutis.