A Justiça negou o pedido de habeas corpus para o cantor Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, o Oruam, nesta quinta-feira (11/09). A decisão da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro foi de manter a prisão preventiva. A defesa chegou a pedir a substituição da prisão por medidas cautelares, mas também foi negada.
Oruam está preso por tentativa homicídio qualificado contra o delegado Moyses Santana Gomes e o policial civil Alexandre Alvez Ferraz. Para a desembargadora Marcia Perrini Bodart, a prisão é necessária para garantir a ordem pública e resguardar a paz social.
O rapper está preso desde o dia 22 de julho, quando se entregou à polícia.
O rapper se entregou à polícia após a Justiça do Rio emitir um mandado de prisão preventiva contra o cantor. Oruam foi indiciado por sete crimes (tráfico de drogas, associação ao tráfico, resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal) após, segundo a Polícia Civil, impedir a apreensão de um menor procurado por tráfico e por roubo.
No dia 30 de julho, Oruam e um amigo dele, Willyam Matheus Vianna Rodrigues Vieira, se tornaram réus por tentativa de homicídio qualificada.
Segundo a denúncia, após a apreensão do adolescente, os dois denunciados e outros indivíduos não identificados passaram a lançar pedras contra os policiais de uma altura de 4,5 metros, da varanda da casa de Oruam. Um dos agentes foi atingido nas costas, e outro precisou se abrigar atrás da viatura.
O MPRJ sustenta que os réus agiram com dolo eventual, assumindo o risco de matar os agentes, e destaca que as pedras lançadas pesavam até 4,85 kg, com capacidade de causar ferimentos letais.