A Justiça do Rio manteve, nesta quarta-feira (12), a decisão que leva o bicheiro Bernardo Bello e seu segurança, Wagner Dantas Alegre, a júri popular pela morte do contraventor Alcebíades Paes Garcia, o Bid. A defesa havia recorrido no início do ano, mas o Tribunal rejeitou, por unanimidade, o pedido.
Segundo o Gaeco do Ministério Público do Rio, o crime aconteceu em meio a uma disputa violenta pelos pontos de exploração do jogo do bicho e de máquinas caça-níqueis. A acusação aponta que Bello ordenou e coordenou a execução, enquanto Wagner realizou os disparos. O ataque ocorreu na madrugada de 25 de fevereiro de 2020, durante o Carnaval, logo após Bid deixar o desfile das campeãs na Sapucaí. Ao descer do carro, o bicheiro foi atingido por dezenas de tiros de fuzil calibre 5.56. Investigações indicam ainda que seguranças de Bid forneceram informações que facilitaram a ação.
Bello está foragido e tem dois mandados de prisão em aberto na 1ª Vara Criminal do Rio. Ele chegou a ser preso na Colômbia em 2022, mas foi solto após decisão judicial. Além de responder pelo assassinato de Bid — tio de sua ex-mulher —, o contraventor também é acusado da morte do advogado Carlos Daniel Dias André, além de lavagem de dinheiro e organização criminosa. De acordo com o MPRJ, Bello ascendeu no jogo do bicho após romper com a família Garcia, liderada por Waldemir Paes Garcia, o Maninho, morto em 2004 e sucedido pelo irmão, Bid.






