O médico José Emílio de Brito e a enfermeira Sabrina Rabetin Serri se tornaram réus no processo sobre a morte de Marilha Menezes Antunes, de 28 anos, durante um procedimento estético em setembro em Campo Grande, Zona Oeste do Rio. O caso tramita na 1ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ).
Segundo o juiz Thiago Portes Vieira de Souza, há indícios de que os acusados agiram visando lucro fácil, cobrando R$ 5,1 mil por um procedimento cujo custo real seria bem mais alto. A denúncia aponta que os dois atuaram sem ambiente adequado e sem a equipe necessária, com a enfermeira ministrando anestesia, atividade privativa de médico anestesista.
O cirurgião plástico foi preso em casa, na Tijuca, e responde por homicídio qualificado e falsidade ideológica. A enfermeira se entregou à polícia no dia 15 de setembro, cumprindo mandado de prisão preventiva por homicídio qualificado e exercício ilegal da medicina.
Marilha Menezes Antunes passou por hidrolipoenxertia no glúteo como presente de aniversário, mas sofreu parada cardiorrespiratória durante o procedimento. Familiares afirmam que houve demora para acionar socorro e que Brito omitiu ter perfurado um órgão da vítima, relatando apenas broncoaspiração e parada cardíaca.
O laudo da necropsia concluiu que a morte foi causada por choque hipovolêmico, hemorragia interna e ação perfuro contundente. O Ministério Público e a Polícia Civil apontam erro médico como fator determinante. A defesa dos acusados não se manifestou até o momento.






