Faltando menos de duas semanas para o Dia das Crianças, uma das maiores datas comemorativas do setor, o comércio carioca estima vendas iguais às do ano passado. É o que mostra pesquisa do Clube dos Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) e do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro (SindilojasRio), que ouviu 250 estabelecimentos de segmentos como brinquedos, roupas, calçados, mochilas e acessórios, jogos eletrônicos, fones de ouvido e celulares, entre outros.
Dos entrevistados, 70% esperam repetir, pelo menos, vendas em um patamar semelhante ao de 2024, mostrando estabilidade e sem maiores ganhos. Assim, estão ajustando estoques de acordo com a demanda esperada. Outros 20% acreditam que o faturamento deverá ser ligeiramente inferior, com perda de até 2% no volume de vendas.
Apenas 10% esperam vender mais, revelando-se otimistas. Em alguns casos, neste corte, o faturamento pode ultrapassar em até 5% o do ano passado. O conjunto caracteriza-se por ter condições diferenciadas, como possuir bons fornecedores; capacidade para praticar preços competitivos, alinhados com os do mercado on-line; e estrutura para oferecer descontos de acordo com a modalidade de pagamento (Pix ou dinheiro), a fim de atrair clientes.
O ticket médio dos produtos deverá variar de R$ 110,00 a R$ 220,00, dependendo da faixa de renda do consumidor e do tipo de presente. Cerca de 85% dos comerciantes estimam que a maior parte das compras serão pagas com cartões (de débito ou crédito); seguidos por Pix e dinheiro em espécie.
O presidente do CDLRio e do SindilojasRio, Aldo Gonçalves, diz que a estimativa para o Dia das Crianças infere a continuidade do arrefecimento do ritmo de vendas, o que tem causado preocupação no comércio, produzindo cenário pouco otimista e bem diferente do ano passado. A causalidade, provavelmente, influenciará as expectativas de fim de ano para a Black Friday e o Natal.
“O Dia das Crianças, considerado o ‘Natal’ do segmento de brinquedos, a exemplo do comércio em geral, sofre com a concorrência desleal da informalidade. Em datas como esta, a cidade fica inundada de produtos contrabandeados e piratas, fora da conformidade técnica, com qualidade inferior e sonegação tributária, prejudicando o comércio formal”, lembra ele.