O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou, nesta quinta-feira (21/11), a indicação de Jorge Messias para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal. A decisão foi tomada durante uma reunião no Palácio da Alvorada e encerra dias de articulação política intensa envolvendo diferentes setores do governo e do Congresso.
A escolha ocorre apesar da preferência de grande parte do Senado pelo nome de Rodrigo Pacheco. Na segunda-feira, Lula se reuniu com o senador e deixou claro que ele não seria o indicado. O presidente afirmou desejar vê-lo candidato ao governo de Minas Gerais em 2026, destacando que um mandato estadual teria mais peso político do que uma cadeira no Supremo.
A decisão provocou resistência entre aliados de Pacheco, que pressionavam para que ele fosse o nome escolhido. Lula, porém, reafirmou que a prerrogativa da indicação é exclusiva da Presidência da República e não abriu mão de sua escolha. A expectativa agora é de uma sabatina mais dura para Messias, que enfrentará críticas e questionamentos no Senado.
Messias consolidou espaço no governo ao se tornar uma das principais referências jurídicas do Planalto. Foi responsável, ainda na transição, pela redação dos decretos que reorganizaram a Esplanada e definiram o orçamento de 2023. Depois disso, passou a atuar diretamente em disputas técnicas e políticas, ampliando sua influência nas decisões estratégicas do governo.
O advogado-geral também ganhou destaque por sua atuação em crises institucionais e pela aproximação com ministros do STF. Defendeu a corte em momentos de tensão e assessorou o governo em casos de repercussão internacional. Evangélico e diácono, ele atua como ponte com o segmento religioso e, se aprovado, será o terceiro ministro evangélico da história do Supremo.






