O presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou, nesta quinta-feira, que haja uma crise entre o Palácio do Planalto e o Congresso, apesar de sucessivas disputas recentes. Durante a 6ª plenária do Conselhão, ele rejeitou a existência de tensão institucional. Mesmo assim, voltou a criticar com força o modelo das emendas impositivas.
Lula classificou como um “grave erro histórico” o fato de o Legislativo controlar metade do Orçamento da União. Segundo ele, a execução obrigatória das emendas reduz a capacidade do Executivo de planejar investimentos de longo prazo. O presidente afirmou que não há conflito com o Congresso, mas disse discordar frontalmente do atual arranjo orçamentário.
A reunião também marcou o encerramento das atividades do colegiado em 2025, com balanço da participação brasileira na COP 30 e discussões sobre economia global. Lula destacou que a coordenação entre governo, setor produtivo e sociedade civil será essencial para enfrentar tensões comerciais e definir estratégias de desenvolvimento sustentável.
O presidente ainda criticou a derrubada de seus vetos ao projeto que flexibiliza o licenciamento ambiental. Ele afirmou que as restrições buscavam proteger o agronegócio de possíveis barreiras internacionais. Segundo Lula, a decisão do Congresso pode gerar impactos comerciais quando países exigirem padrões ambientais mais rígidos para importação.
Lula afirmou que não vetou o projeto por oposição ao agronegócio, mas para evitar prejuízos futuros ao setor. Segundo ele, caso commodities brasileiras enfrentem restrições ambientais no exterior, parlamentares que pressionaram pela derrubada dos vetos deverão buscar o governo. O presidente reforçou que práticas sustentáveis são essenciais para manter a competitividade do país.






