Um levantamento do Instituto Trata Brasil aponta que, entre os municípios mais populosos do país, apenas 12 investem mais do que a média considerada ideal para a universalização dos serviços de água e esgoto.
O estudo, divulgado nesta terça-feira (15/07), foi elaborado em parceria com a consultoria GO Associados e tem como base os dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) de 2023.
Os municípios com maior investimento médio por habitante foram:
Campinas (SP)
Limeira (SP)
Niterói (RJ)
São José do Rio Preto (SP)
Franca (SP)
Aparecida de Goiânia (GO)
Goiânia (GO)
Santos (SP)
Uberaba (MG)
Foz do Iguaçu (PR)
Uberlândia (MG)
Jundiaí (SP)
Entre os 20 primeiros colocados no ranking de 2025, 9 são de São Paulo, 5 do Paraná, 3 de Minas Gerais, 2 de Goiás e 1 do Rio de Janeiro.
Piores colocados
Já entre os 20 piores colocados estão cidades como:
Bauru (SP)
Olinda (PE)
Recife (PE)
Paulista (PE)
Juazeiro do Norte (CE)
Maceió (AL)
Manaus (AM)
São João de Meriti (RJ)
Jaboatão dos Guararapes (PE)
Duque de Caxias (RJ)
São Luís (MA)
Várzea Grande (MT)
Desses, oito são capitais: Recife (PE), Maceió (AL), Manaus (AM), São Luís (MA), Belém (PA), Rio Branco (AC), Macapá (AP) e Porto Velho (RO).
Segundo o levantamento, entre os 20 piores municípios, quatro são do Rio de Janeiro, quatro de Pernambuco e três do Pará. Os demais estão distribuídos pelas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste.
Investimentos abaixo do ideal
De acordo com o estudo, o investimento médio necessário para alcançar a universalização dos serviços é de R$ 223 por habitante por ano.
Entre os 20 melhores municípios do ranking, o investimento médio foi de R$ 176,39 por habitante entre 2019 e 2023 — cerca de 20% abaixo do valor ideal. Como muitos desses municípios já estão em estágio avançado de cobertura, a diferença não compromete o atendimento às metas do setor.
Já entre os 20 piores, o investimento médio no mesmo período foi de apenas R$ 78,40 por habitante, o que representa 65% abaixo do ideal. “Nesse caso, o baixo investimento indica urgência na tomada de decisão dos gestores”, diz o estudo.