Gabrielle Cristine Pinheiro Rosário, de 21 anos, apontada pela Polícia Civil como mandante do assassinato de Laís de Oliveira Gomes Pereira, de 26 anos, foi transferida para o presídio de Benfica na tarde desta terça-feira (18). Ela havia se entregado à polícia na segunda-feira e aguardará audiência de custódia na unidade prisional. A suspeita passou pelos jornalistas sem dar declarações.
Segundo o relatório do inquérito, mensagens extraídas do celular de Gabrielle indicam que ela manifestou ao marido a intenção de matar Laís mais de um mês antes do crime. Em 29 de setembro, ela escreveu: “Queria matar demais a Laís. Deus me livre”. O marido respondeu que não valia a pena, e ela encerrou com: “Vamos ver”. A vítima foi morta com um tiro na nuca no dia 4 de novembro.
A investigação aponta que Gabrielle teria mandado executar Laís por causa de uma disputa envolvendo a guarda da filha mais velha da vítima, de 4 anos. Para o Ministério Público, as mensagens revelam um indício claro de intenção, reforçado pelo modo de execução: disparos em via pública, sem roubo e com a placa da moto coberta. Para os investigadores, o crime foi premeditado.
Depoimentos e documentos reunidos no inquérito também apontam que Gabrielle já tinha histórico ligado a estelionatos e demonstrava comportamento obsessivo em relação à criança. A promotoria afirma que ela chegou a inventar que havia perdido uma filha e apresentou uma certidão de óbito falsa. A polícia agora apura se ela tinha ligação com uma quadrilha especializada em golpes.
A defesa nega que Gabrielle tenha sido a mandante e afirma que ela não conhece duas pessoas citadas no processo. Dois homens — Erick Santos Maria e Davi de Souza Malto — já foram presos por participação na morte de Laís. A polícia considera o caso solucionado e deve pedir a prisão preventiva da suspeita, enquanto desmembra a investigação para apurar outros possíveis crimes.






