Faltando três meses para o fim de 2025, pais e responsáveis já se preparam para o reajuste das mensalidades escolares em 2026. Segundo levantamento do Grupo Rabbit, especializado em instituições privadas, a alta média será de 9,8%, mais que o dobro da inflação prevista para este ano, de 4,83% (Focus/BC).
O estudo ouviu 308 escolas particulares em todas as regiões do país. O índice supera os aumentos de anos anteriores: 9,3% em 2023 e 9,5% em 2024. Os reajustes começam a ser comunicados neste mês, junto ao processo de renovação de matrículas.
Segundo a consultoria, três fatores pesam no cálculo: inflação acumulada, investimentos realizados e reajuste dos salários de professores. Escolas também apontam custos com programas bilíngues, manutenção e papelaria.
No Rio, circulares já mostram aumentos entre 6,5% e 12,5%, a depender da instituição e do segmento. Em São Paulo, há casos de reajuste acima de 11%. Muitas escolas adotam tabelas progressivas, oferecendo descontos para quem antecipa a rematrícula.
Além do aumento médio, o levantamento revela que 70% das escolas estão mais endividadas do que antes da pandemia e que a inadimplência continua elevada, em alguns casos superando 20%. Apesar disso, 70,5% das instituições planejam investir em programas bilíngues, projetos socioemocionais e infraestrutura.
Para especialistas, famílias podem tentar negociar valores, especialmente quando possuem mais de um filho matriculado ou quando o desempenho escolar do aluno é considerado estratégico pela instituição.