Considerados os primeiros nativos digitais, os millennials cresceram em meio à expansão da internet, dos dispositivos móveis e das redes sociais.
Mas, mesmo assim, um relatório da empresa de cibersegurança Kaspersky revela apenas 70% deles só verificam ocasionalmente a autenticidade de suas conexões e interações on-line. Além disso, 64% afirmam já ter encontrado alguém na internet que, acreditam, distorceu a própria identidade.
Fabiano Tricarico, diretor-geral de produtos de consumo da Kaspersky para as Américas, explica que: “Dominar a tecnologia não significa adotar hábitos de segurança consistentes. A ingenuidade dos millennials não vem da falta de conhecimento técnico, mas do excesso de confiança em suas próprias habilidades de navegação, o que os leva a baixar a guarda. Junto a isso, vem a pressão por interações rápidas e o desejo de validação social, que criam um terreno fértil para riscos digitais”, diz.
De acordo com Tricarico, os millennials acreditam que conseguiriam identificar um golpe, e por isso, não verificam. “Esse fenômeno é a união perigosa entre a pressa das interações digitais e uma subestimação da sofisticação dos cibercriminosos. Eles se sentem seguros demais, e isso os torna o alvo perfeito para fraudes e golpes on-line”, afirma.
A pesquisa também revelou que 14% dos millennials afirmam já ter usado um nome falso, criado um perfil fictício ou fingido ser outra pessoa nas redes sociais. O dado mostra que a falsificação digital não é exclusividade de criminosos.
*Para o estudo, essa geração foi definida como pessoas que tem entre 27 e 43 anos, embora haja variações no recorte adotado.