O Ministério das Mulheres e a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados acompanharam, nesta sexta-feira (31), o terceiro dia de reconhecimento dos corpos das vítimas da megaoperação policial nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio. Segundo a Polícia Civil, 121 pessoas morreram — 117 suspeitos e quatro policiais. Deputados pedem celeridade nos procedimentos e reforçam denúncias de possíveis execuções.
Na porta do IML, estiveram presentes os deputados Reimont (PT), Jandira Feghali (PCdoB) e Henrique Vieira (PSOL). Eles solicitaram ao STF uma perícia externa e independente, alegando que os relatos e imagens coletados apontam sinais de violência extrema. Vieira destacou a necessidade de uma apuração imparcial: “Os relatos são impressionantes: tiros à queima-roupa, corpos mutilados. É preciso garantir transparência e respeito à lei”, afirmou.
A ministra interina do Ministério das Mulheres, Eutália Barbosa, também esteve no local e afirmou que o Governo Federal está acompanhando o caso para garantir apoio psicológico e assistência social às famílias. “O que temos aqui são mães chorando pelos filhos. Nosso papel é prestar solidariedade e assegurar que recebam o suporte necessário, inclusive para o translado e sepultamento”, declarou.
De acordo com a Polícia Civil, todos os corpos já foram periciados, sendo 99 identificados até o momento. A corporação afirma que parte dos mortos possuía mandados de prisão pendentes e histórico criminal. O Ministério da Justiça anunciou o envio de 20 peritos da Polícia Federal para reforçar os trabalhos no Rio, atuando em áreas como balística, genética forense e medicina legal.






