O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, prorrogou até 17 de novembro o prazo para que o governo do Rio de Janeiro envie todos os relatórios, laudos e imagens relacionados à megaoperação policial que deixou 121 mortos nos complexos do Alemão e da Penha. O estado havia solicitado a ampliação devido à dificuldade em reunir todo o material exigido pelo STF.
Segundo a Procuradoria-Geral do Estado, a extensão permitirá que as secretarias envolvidas consigam consolidar e encaminhar as informações de forma completa. O novo prazo amplia a determinação anterior de Moraes, que havia fixado 48 horas, em 8 de novembro, para o governo entregar laudos necroscópicos, imagens de câmeras corporais, relatórios de inteligência e detalhes sobre a preservação de provas da Operação Contenção.
Na mesma decisão do dia 8, o ministro solicitou esclarecimentos ao Ministério Público do Rio, ao Tribunal de Justiça e à Defensoria Pública. Os três órgãos enviaram nesta quarta-feira as informações solicitadas. O MP informou que uma equipe técnica, formada por médicos legistas e peritos, acompanhou a operação e já está analisando as imagens gravadas pelas câmeras dos policiais.
As decisões e manifestações fazem parte da ADPF das Favelas, processo no qual Moraes atua como relator temporário e que estabelece diretrizes para a atuação policial no Rio de Janeiro.






