O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, autorizou Michelle Bolsonaro, a filha Laura, de 15 anos, e o vereador Carlos Bolsonaro a visitarem o ex-presidente Jair Bolsonaro na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. A decisão, emitida nesta segunda-feira (1º), define que os encontros ocorrerão na quinta-feira (4), em horários controlados pela PF. A medida mantém as visitas restritas a familiares diretos e advogados.
As regras estabelecidas por Moraes determinam que a entrada dos familiares aconteça entre 9h e 11h, com permanência máxima de 30 minutos. Por ser menor de idade, Laura deverá permanecer acompanhada da mãe durante toda a visita. A decisão reforça que celulares e equipamentos eletrônicos estão proibidos no local, seguindo o protocolo de segurança adotado pela Polícia Federal.
A visita de Carlos Bolsonaro será realizada em horário distinto da de Michelle e Laura. O vereador havia sido autorizado a comparecer na terça-feira (2), mas pediu o reagendamento alegando compromissos em Chapecó, Santa Catarina. Moraes acatou o pedido, mas manteve a exigência de que a entrada ocorra separadamente, evitando contato entre os visitantes.
No mesmo despacho, Moraes negou solicitações de visita feitas por aliados políticos, entre eles o deputado Sóstenes Cavalcante e o senador Magno Malta. O ministro reiterou que apenas familiares, médicos e advogados constituídos têm permissão para acessar o ex-presidente. A decisão também regulamenta a entrega de alimentação especial, autorizada a três assessores ligados ao PL.
Jair Bolsonaro está preso desde 22 de novembro, após o trânsito em julgado da ação penal relativa à trama golpista. Com pena de 27 anos e três meses, ele cumpre detenção na sede da PF. Outros condenados no mesmo processo, como os generais Walter Braga Netto e Augusto Heleno, além do ex-ministro Anderson Torres, já cumprem suas sentenças em unidades militares e prisionais no Rio de Janeiro e no Distrito Federal.






