O ministro Alexandre de Moraes marcou para 5 de novembro uma audiência no STF com entidades que atuam como amicus curiae na ADPF das Favelas, como Educafro, Justiça Global, Redes da Maré e Mães de Manguinhos. Os grupos serão ouvidos sobre a operação policial que deixou ao menos 121 mortos no Rio.
Na decisão divulgada ontem, Moraes rejeitou pedidos de ingresso no processo de partidos como PT, PSOL e PSB, além das Defensorias Públicas da União e do Estado do Rio. Segundo o ministro, o mérito da ação — que discute a letalidade policial — já foi julgado pelo plenário do STF.
Hoje, Moraes se reúne com autoridades do Rio, incluindo o governador Cláudio Castro, em um encontro fechado para que prestem esclarecimentos sobre a operação. O objetivo é analisar detalhes sobre a condução da ação e o cumprimento de protocolos de segurança.
O ministro também reforçou que o governo estadual deve preservar e documentar todos os vestígios, provas e perícias, garantindo a cadeia de custódia e evitando a destruição de evidências, medidas essenciais para a investigação.
A operação policial no Complexo da Penha é a mais letal da história do Rio de Janeiro, com corpos recolhidos na mata deixados por moradores em uma praça na entrada da Vila Cruzeiro, evidenciando a gravidade e a repercussão do caso.






