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Morre aos 87 anos, Jourdan Amóra, diretor do jornal “A Tribuna”

O jornalista e diretor do jornal “A Tribuna”, Jourdan Amóra morreu na manhã deste domigo (19) aos 87 anos, em Niterói, Região Metropolitana do Rio.

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Reprodução

Jourdan estava internado no complexo Hospitalar de Niterói (CHN) há duas semanas. A morte foi consequência de uma falência múltipla dos orgãos. Ele deixa dois filhos: Gustavo e Luis Jourdan. O jornalista havia perdida sua esposa e companheira de toda uma vida há cerca de um mês, no dia 9 de setembro. Ainda não há informações sobre o velório e entero.

Sua vida e trajetória

Nascido em 6 de maio de 1938, em Araçuaí, no norte de Minas Gerais, e criado entre Petrópolis, São Gonçalo e Niterói, Jourdan Norton Wellington de Barros Amóra cresceu cercado por ideias literárias e pela efervescência cultural de seu tempo. Mais do que um jornalista, ele foi o repórter da própria vida.

Filho do cearense Geographo Barros Amóra e da mineira Maria Neiva Tanure Amóra, o jornalista cresceu entre livros, histórias de militância e o barulho das rotativas que moldariam seu destino.

A paixão pela escrita surgiu ainda na adolescência, quando um professor do Liceu Nilo Peçanha lhe propôs um exercício: redigir dissertações a partir de imagens. A tarefa, simples à primeira vista, revelou-se decisiva. Foi ali que Jourdan descobriu o prazer de observar e traduzir o mundo em palavras — um olhar jornalístico que nunca mais o abandonaria.

Aos 14 anos, fundou o jornal Praia das Flechas, dedicado à vida social do bairro. Pouco tempo depois, o pequeno periódico evoluiu para o Jornal Juvenil, sua primeira experiência concreta como repórter — embora ele ainda não soubesse que passaria toda a vida em busca da manchete.

Em 1965, após ser demitido do Jornal do Brasil sob acusação de subversão, Jordão decidiu transformar a adversidade em resistência. Comprou o modesto jornal A Tribuna, até então o menor entre os sete periódicos de Niterói. Com empenho e visão, modernizou a gráfica, ampliou a tiragem e fez do veículo um importante espaço de formação de novas gerações de jornalistas.

O ápice de sua trajetória ocorreu em 20 de abril de 1972, quando, após uma série de denúncias contra o governo Padilha, foi preso na própria redação por agentes do DOPS. No dia seguinte, a capa de A Tribuna estampava apenas uma palavra: “Libertas” — um símbolo de coragem e resistência da imprensa fluminense.

Homenagens

A prefeitura de Niterói decretou luto oficial de três dias, em homenagem a Jourdan. Através de suas redes sociais, o prefeito Rodrigo Neves lamentou a notícia da morte do ilustre jornalista.

“É com muita tristeza que nos despedimos nessa manhã chuvosa em Niterói de meu amigo e grande jornalista Jourdan Amóra. Jourdan era a própria notícia. Apaixonado pela verdade e inquieto por natureza, ele transformou o ato de informar em um ato de resistência e de amor profundo por Niterói. Ele não apenas contou a história de nossa cidade, mas ajudou a escrevê-la.”, declarou Neves.

A notícia da morte de Jourdan foi divulgada através do portal “A Tribuna” e em suas redes sociais.