Ouça agora

Ao vivo

Reproduzir
Pausar
Sorry, no results.
Please try another keyword
Quase 50 países apoiam fundo de florestas, mas só três anunciam aporte financeiro
Brasil
Quase 50 países apoiam fundo de florestas, mas só três anunciam aporte financeiro
Duque de Caxias realiza Dia D de combate à dengue neste sábado
Baixada Fluminense
Duque de Caxias realiza Dia D de combate à dengue neste sábado
Queimados sanciona lei que incentiva o esporte e o lazer
Baixada Fluminense
Queimados sanciona lei que incentiva o esporte e o lazer
Câmara de Cabo Frio concede título de cidadão ao governador Cláudio Castro
Costa do Sol
Câmara de Cabo Frio concede título de cidadão ao governador Cláudio Castro
Presidente do PL-Rio admite que secretários de Segurança estão no radar do partido para 2026
Política
Presidente do PL-Rio admite que secretários de Segurança estão no radar do partido para 2026
Arquidiocese do Rio celebra figuras locais de santidade em ato na Catedral neste domingo
Rio de Janeiro
Arquidiocese do Rio celebra figuras locais de santidade em ato na Catedral neste domingo
Última edição do programa “Refis nos Bairros” acontece neste sábado em Nova Iguaçu
Nova Iguaçu
Última edição do programa “Refis nos Bairros” acontece neste sábado em Nova Iguaçu

Morre Clara Charf, símbolo da resistência e viúva de Marighella

Companheira de Carlos Marighella, Clara dedicou a vida à democracia e à justiça social

Siga-nos no

A histórica militante de esquerda Clara Charf morreu nesta segunda-feira (3), aos 100 anos. Figura emblemática da resistência política brasileira, ela dedicou a vida à defesa da democracia, dos direitos civis e das causas sociais. Desde a juventude, participou de movimentos populares, enfrentou a repressão da ditadura militar e atuou em organizações como o Partido Comunista Brasileiro (PCB) e a Ação Libertadora Nacional (ALN).

Clara foi casada com o guerrilheiro Carlos Marighella, morto em 1969 numa emboscada da polícia política do regime militar. O assassinato do companheiro marcou profundamente sua trajetória, mas não interrompeu sua militância. Mesmo sob vigilância e perseguição, continuou atuando em campanhas pela anistia e pela reparação de vítimas da ditadura.

Durante os anos de repressão, viveu na clandestinidade e ajudou a organizar redes de apoio a presos e exilados políticos. Com o fim do regime, passou a atuar abertamente na redemocratização do país, participando da criação de entidades voltadas à preservação da memória histórica e à busca por desaparecidos políticos.

Nas últimas décadas, Clara aproximou-se do Partido dos Trabalhadores (PT) e continuou ativa em campanhas, atos públicos e homenagens às lutas democráticas. Mesmo com idade avançada, era presença constante em mobilizações pela liberdade, igualdade e justiça social.

Sua trajetória inspirou militantes e artistas que viam nela um elo entre o passado da repressão e as batalhas políticas do presente. “Marighella vive em cada pessoa que luta por um Brasil mais justo e livre”, disse em uma de suas últimas aparições públicas.

Clara Charf deixa um legado de coerência, coragem e compromisso com as causas populares. Movimentos sociais, partidos e entidades de direitos humanos lamentaram sua morte e exaltaram sua contribuição à história democrática do país.