Ouça agora

Ao vivo

Reproduzir
Pausar
Sorry, no results.
Please try another keyword
Obras na Serra das Araras têm detonações suspensas durante o período de férias
Estado
Obras na Serra das Araras têm detonações suspensas durante o período de férias
Confira quais cidades da Região dos Lagos já divulgaram sua programação para a virada do ano
Costa do Sol
Confira quais cidades da Região dos Lagos já divulgaram sua programação para a virada do ano
Pesquisa mostra Eduardo Paes na frente e disputa ainda aberta pelo governo do Rio
Política
Pesquisa mostra Eduardo Paes na frente e disputa ainda aberta pelo governo do Rio
Governo do Rio apresenta ao STF plano de retomada de áreas dominadas pelo crime
Estado
Governo do Rio apresenta ao STF plano de retomada de áreas dominadas pelo crime
Serra de Paracambi é reaberta após obras de recuperação do Governo do Estado
Baixada Fluminense
Serra de Paracambi é reaberta após obras de recuperação do Governo do Estado
Rodoviária Novo Rio adota pulseiras de identificação para crianças no período de festas
Região Metropolitana
Rodoviária Novo Rio adota pulseiras de identificação para crianças no período de festas
Natal Brasilidade anima Maricá com atrações gratuitas durante a semana de Natal
Maricá
Natal Brasilidade anima Maricá com atrações gratuitas durante a semana de Natal

Morre Clara Charf, símbolo da resistência e viúva de Marighella

Companheira de Carlos Marighella, Clara dedicou a vida à democracia e à justiça social

Siga-nos no

A histórica militante de esquerda Clara Charf morreu nesta segunda-feira (3), aos 100 anos. Figura emblemática da resistência política brasileira, ela dedicou a vida à defesa da democracia, dos direitos civis e das causas sociais. Desde a juventude, participou de movimentos populares, enfrentou a repressão da ditadura militar e atuou em organizações como o Partido Comunista Brasileiro (PCB) e a Ação Libertadora Nacional (ALN).

Clara foi casada com o guerrilheiro Carlos Marighella, morto em 1969 numa emboscada da polícia política do regime militar. O assassinato do companheiro marcou profundamente sua trajetória, mas não interrompeu sua militância. Mesmo sob vigilância e perseguição, continuou atuando em campanhas pela anistia e pela reparação de vítimas da ditadura.

Durante os anos de repressão, viveu na clandestinidade e ajudou a organizar redes de apoio a presos e exilados políticos. Com o fim do regime, passou a atuar abertamente na redemocratização do país, participando da criação de entidades voltadas à preservação da memória histórica e à busca por desaparecidos políticos.

Nas últimas décadas, Clara aproximou-se do Partido dos Trabalhadores (PT) e continuou ativa em campanhas, atos públicos e homenagens às lutas democráticas. Mesmo com idade avançada, era presença constante em mobilizações pela liberdade, igualdade e justiça social.

Sua trajetória inspirou militantes e artistas que viam nela um elo entre o passado da repressão e as batalhas políticas do presente. “Marighella vive em cada pessoa que luta por um Brasil mais justo e livre”, disse em uma de suas últimas aparições públicas.

Clara Charf deixa um legado de coerência, coragem e compromisso com as causas populares. Movimentos sociais, partidos e entidades de direitos humanos lamentaram sua morte e exaltaram sua contribuição à história democrática do país.